Pesquisar este blog

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Nike, escrevendo o futuro ou “zicando” seus atletas?

Pessoal,
Mais uma vez teremos a participação especial do Mestrando em Gestão do Desporto , Luiz Otávio, após a eliminação da Inglaterra ele encontrou em contato disposto a analisar as consequência da eliminação precoce dos principais astros da Nike.
Aproveitem e dêem suas opiniões

A Nike, atual líder no mercado de material esportivo para futebol, lançou antes da Copa um filme, com direito a produção Hollywoodiana do diretor Alejndro G. Iñarritu (21 gramas, Babel).

Com estrelas como Kobe Bryant, Roger Federer, Homer Simpson e Gael Garcia Bernal atuando como coadjuvantes, a Nike apostou para o filme oficial nas estrelas Drogba, Cannavaro, Rooney, Ribery, Ronaldinho Gaúcho e Cristiano Ronaldo, em uma tentativa de prever os futuros astros da Copa 2010. Irônicamente em um vídeo intitulado “escreva o futuro”, com mais de 17 milhões de visualizações, todas as estrelas escolhidas pela Nike estão caindo uma a uma, sem brilho nenhum na Copa.

A começar pela aposta em Ronaldinho Gaúcho. O jogador sequer foi convocado pelo treinador brasileiro para a Copa. As pressas, a Nike lançou um spot com 30 segundos dedicados a Robinho.

No inicio do filme, o comercial foca as atenções em Drogba, que antes da copa do mundo quebrou o braço em um lance de jogo com o japonês (brasileiro) Marcos Tulio Tanaka. As pressas fez uma cirurgia, ainda participando sem sucesso e eliminado na primeira fase.

Em seguida, o destaque vai para Cannavaro. Figura imponente de um time sem estrelas de uma Itália irreconhecível nesta Copa. Eliminado na primeira fase, com direito a falhas de Cannavaro na pior campanha da Azurra em Copas do Mundo.

Rooney, grande destaque do comercial em disputa com Ribery são mais duas estrelas que não brilharam no mundial. Ribery, da desastrosa seleção da França. A equipa que foi finalista na Copa de 2006, nesta edição se notabilizou pelo péssimo futebol e diversos problemas extra-campo, que renderam inclusive o fim de aportes a Federação Francesa de Futebol. Rooney, acaba de ser eliminado (gerando a inspiração para esse texto) com a seleção da Inglaterra, outra seleção que decepcionou na Copa. Rooney atuou mal em todas as partidas, com exceção de alguns lampejos de seu bom futebol na vitória sobre a Eslovénia. Ficou muito aquém do Rooney mostrado no filme.

Sobra agora, para Cristiano Ronaldo, toda a responsabilidade de escrever um bom futuro para o filme em que a Nike investiu todas as fichas para a Copa. Com uma participação modesta na primeira fase, Cristiano Ronaldo ainda não mostrou do que é capaz, mesmo sendo eleito melhor da partida em duas oportunidades na eleição “popular” da FIFA (inclusive em uma dela passou o prêmio para o compatriota Tiago). Tem agora mais uma oportunidade de mostrar o futebol do filme na partida contra a Espanha (respeitando os devidos exageros).

Foi tentando escrever o futuro que a Nike bateu de frente com a imprevisibilidade que é o futebol. Com jogadores no elenco de spots menores como Iniesta, Fabregas, Walcott, Pique, Donovan, Howard e Thiago Silva a nike escolheu os jogadores acima “para escrever o futuro” ou, no popular, “zicar*” para o filme principal. E essa “zicada” que a Nike deu em suas estrelas pode custar muito caro para empresa, perdendo em receitas de vendas nos materiais relacionados aos craques e da imagem (no caso, falta da imagem) que eles podem gerar.

Esse fato não tira a qualidade e o sucesso do filme antes da Copa (mais de 17 milhões de visualizações só na página oficial da empresa no Youtube). Mas as consequências das escolhas dos protagonistas podem ser desastrosas, visto a competitividade extrema com as outras empresas de material esportivo, especialmente a Adidas.

*Zicar: do dicionário informal e popular: dar azar, azarar, criar problemas!
Forte Abs

quinta-feira, 24 de junho de 2010

E se o futebol emplacar nos Estados Unidos da América?

Olá Pessoal,
O post de hoje é uma participação especial direto de Lisboa- Portugal. O autor do artigo é Luiz Otávio Andreatta graduado em Esporte pela Universidade Estadual de Londrina e atualmente está a cursar o mestrado em Gestão do Desporto na Faculdade de Motricidade Humana - UTL.
Mais uma vez agradeço a colaboração do colega e abro espaço para todos que queiram contribuir e para isso peço que enviem para lucas.bueno@touchsports.com.br.
Forte Abs

A dramática classificação dos Estados Unidos, com gol nos minutos finais, em primeiro lugar e invicto em que tem a Inglaterra me faz refletir sobre o assunto futebol na terra do tio sam. E se o futebol emplaca por lá?

Durante muito tempo os Estados Unidos tinham uma seleção nacional que era um verdadeiro saco de pancadas para latino-americanos, europeus e até algumas seleções de centros de menor expressão. Isso muito se deve à pouca tradição da modalidade, tradicionalmente europeia, dentro do país.

É clara a preferência dos estadunidenses pelos esportes criados ou adaptados por eles, como o baseball, basquete e o futebol americano. Esportes de contato, com muitos intervalos técnicos e comerciais. Verdadeiros eventos esportivos e comerciais. Já o futebol, esporte que pune o contato físico, que não possui intervalos comerciais, que não adere à arbitragem eletronico ficou relegado a categoria feminina, de menor expressão mundial comparada a masculina (sem querer entrar nos méritos do futebol feminino).

Porém esse cenário está mudando na terra do Tio Sam, e cada vez a passos mais rápidos. Podemos verificar isso com os fatos importantes que marcam o futebol por lá. 3º colocado na copa de 1930, só foi se destacar novamente no futebol 20 anos depois, com um vitória sobre a Inglaterra na Copa de 50. Nos anos 70, a contratação de astros para a sua Liga Nacional, como Pelé e Beckenbauer aumentaram a popularidade do esporte, que sofreu um baque nos anos 80, com um “boicote politico” da FIFA na tentativa americana de sediar a copa de 86 (no lugar da Colômbia que passou por problemas económicos), sediada pelo México. Em 94 a realização da Copa do Mundo, primeira organizada 100% com dinheiro da iniciativa privada e que detém recordes de público até hoje. Neste novo século, atletas disputando ligas fortes da Europa, uma liga nacional mais forte e consolidada, segundo lugar na copa das confederações de 2009, classificação em primeiro lugar do grupo e recordes de audiência mostram que o cenário está mudando rapidamente. Inclusive a Nike, empresa americana, passou a alemã Adidas e é atual líder no mercado do futebol.

Os atuais recordes de audiência, que superaram a final da NBA e a eleição de Obama, são impulsionados pelos imigrantes mexicanos. Mas o crescimento é tão impactante que já se nota resistências em programas de televisão e até na política americana. Na NBC, um programa faz piadas sobre as regras da modalidade e tenta justificar porque a ‘América’ odeia futebol. Políticos da direita afirmam que o futebol e a politica de Obama só são apreciados pelo resto do mundo.

A verdade é que o futebol cresce dentro do país e isso é reflexo na classificação hollywoodiana da equipe na África do Sul.

Com o futebol emplacando nos Estados Unidos, podemos considerar uma grande ameaça para as demais seleções nacionais, já que podemos observar o poder de organização esportiva nas demais modalidades e seus resultados. Foram quem primeiro organizou uma Copa do mundo com 100% do dinheiro da iniciativa privada (o que poderia servir de exemplo para o Brasil), obtendo recordes de público, mesmo quando o futebol era “renegado” e jogado em estádios sem cobertura num calor de 35º. Sabem organizar evento como nenhum outro povo e já postulam a organização da Copa de 2018 ou 2022.

Os Estados Unidos, mesmo com a atual crise, têm estrutura (estádios de primeira, transporte, know how em eventos desportivos), recursos financeiros (empresa líder no mercado do futebol- Nike, empresas patrocinadoras da FIFA – Coca-Cola, McDonalds - e muitas outras) e mercado (uma população de mais de 300 milhões apaixonados por esportes e eventos esportivos) para uma liga forte, que possa concorrer com as ligas europeias em um futuro breve. Resta saber se a FIFA vai saber lidar com essa situação e entrar em um mercado dominado pelo baseball, basquete e futebol americano, principais resistências ao futebol na terra do Tio Sam.

Na minha opinião, quero mais que o futebol emplaque por lá também, só o futebol tem a ganhar (e também quem souber entrar no negócio).

terça-feira, 22 de junho de 2010

Dunga, uma ameaça para qualquer marca

Dunga, uma ameaça para qualquer marca

Em período de Copa do Mundo é quase impossível encontrar publicidade que a temática central não seja o futebol. Na maioria das campanhas as figuras centrais são jogadores, técnicos, piadas com os principais rivais, alusões com o verde e amarelo, músicas que ficam na cabeça, entre outras imagens ou sons que remetem a modalidade.

No entanto, a Copa da África do Sul tem uma particularidade jamais vista em outros mundiais, pois, o Brasil, com uma seleção normal e pouco carismática, contribuiu para a centralização de ações nos poucos indivíduos com forte apelo comercial, tais como Kaká, Luís Fabiano, Júlio César e principalmente Robinho. A lacuna de carisma é tão notória que até mesmo Ronaldinho, não convocado para a competição, tem aparecido com certa frequência nas propagandas.

O fator preocupante e que motivou esse novo post foi a coletiva do Dunga após o jogo contra a Costa do Marfim, afinal há tempos não via uma atitude tão lamentável e pouco profissional no esporte como a ofertada pelo técnico da seleção brasileira. Por isso, peço a permissão de utilizar a primeira pessoa, já que como torcedor, profissional do esporte, consumidor e acima de tudo brasileiro me senti envergonhado com o comportamento do Dunga.

Fica a sensação de que o “homem” perdeu completamente a noção sobre o que é real e o que é fantasia de sua cabeça. O complexo de perseguição parece não ter fim e as palavras proferidas ao excelente repórter Alex Escobar da rede Globo comprovam o alto grau de insanidade do treinador.

Dadas as circunstâncias anteriormente descritas, será que as marcas Brahma e Oi realmente desejam que suas marcas sejam associadas com um comportamento agressivo, pois de guerreiro não tem nada a começar pela perda da honra, ou de liberdade, que também não se vê caracterizada na relação Dunga e imprensa, afinal alguém mensurou os riscos de apostar no treinador mal educado como garoto propaganda?

Me nego acreditar que marcas tão fortes e valiosas de fato queiram aproveitar as características do técnico para promover suas marcas e produtos, pois este nada representa os atributos tão valorizados e excessivamente comunicados por estas empresas.

Prefiro acreditar que tenha sido um erro gravíssimo e que tudo isso será revisto e quem sabe em 2014 melhor planejado.

Não as palavras de baixo calão, não ao Dunga!

Forte Abs

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Morumbi vetado para Copa de 2014: parabéns Estado, prefeitura e clube!

Ontem, quarta-feira, 16/06/2010, a CBF lançou nota oficial atestando que o estádio do Morumbi está vetado e não sediará jogos da Copa do Mundo de 2014. A notícia aparentemente causou um mal estar gigante em paulistanos, paulistas, autoridades políticas e dirigentes de futebol, mas afinal será que a decisão foi tão ruim assim?

Lógicamente não faz sentido imaginar que a terceira cidade mais importante do mundo não fará parte da festa de 2014 e que Comitê Organizador Brasileiro não encontrará uma forma de incluir São Paulo na rota dos turistas e negócios gerados pelo mundial. A decisão não é o fim do mundo e muito menos está consolidada, mas é um primeiro sinal de um pouco de bom senso por parte dos políticos envolvidos na questão que insistem em afirmar que o dinheiro do contribuinte, ou seja, nosso dinheiro, não será utilizado para fomentar e viabilizar reformas e construções de estádios de futebol e sim para melhorar infra estrutura de transporte, segurança e educação.

Por isso registro aqui meus parabéns a estes senhores e aproveito para parabenizar a postura do clube proprietário do Morumbi ao agir de maneira racional e profissional nos assuntos relacionados a este impasse. Acima de tudo o clube demonstra que segue a trilhar o caminho de profissionalização do esporte ao se esforçar para colocar em práticas projetos que sejam sustentáveis em médio e longo prazo e ainda reforçar o respeito por seu torcedor ao não realizar extravagâncias em investimentos que atendam interesses minoritários e impliquem em status de sediar abertura do mundial.

Por outro lado fica a preocupação dos reflexos dos planos B,C,D,E........ para que São Paulo continue sede da Copa 2014, afinal a solução discutida é a construção de um novo estádio, no entanto, discute-se a viabilidade de mais um estádio na capital paulista. Evidentemente que se custeado pela iniciativa privada vamos dar boas vindas a mais uma arena, caso contrário é melhor sediar alguns jogos em estádios que passarão por melhorias, tais com o Palestra Itália, Pacaembu e o próprio Morumbi. A mensagem é simples, São Paulo já é uma marca reconhecida mundialmente e o fato de ser abertura ou não da Copa pouco vai afetar a força dessa marca.

Parabéns São Paulo, parabéns clube São Paulo

Viva o bom senso!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O desafio no processo de implementação de meritocracia e estabelecimento de metas na Gestão Esportiva

Olá Pessoal,
Espero que tenham aproveitado o final de semana para acompanhar os jogos da Copa do Mundo. Gostaria de lhes apresentar hoje uma realidade/desafio no complicado mundo da Gestão Esportiva, como implementar políticas de meritocracia e trabalhar com metas no contexto esportivo?
O questionamento se baseia em duas situações relatadas por amigos que atuam no mercado desportivo, sendo que o primeiro ocupa um cargo público e o segundo exerce a função de consultor em entidades esportivas. Após uma longa conversa, na qual ambos foram detalhando os problemas encontrados em suas rotinas de trabalho, concluímos que não existem diferenças significativas nos modelos gerenciais capazes de justificar a discrepância existente nos resultados acumulados de 2009 e YTD 2010.
Se por um lado as entidades esportivas buscam diversificar suas fontes de receitas, reduzir suas despesas operacionais, ganhar eficiência e atratividade comercial, os órgãos públicos insistem em "tomar sopa de garfo" nas temáticas Copa do Mundo 2014 e Rio 2016 ao não aplicar rígido controle de fiscalização e cumprimento de cronograma. Em ambos os casos conscientizar os individuos envolvidos de que a única forma de se obter sucesso é respeitando os princípios de governança coporativa, planejamento, entre outros, mas, o que parece ser quase impossível é trazer à tona a obrigatoriedade de considerar meritocracia e metas acima de tudo.
O tal amigo funcionário público afirmou categoricamente que todos projetos que contemplem a distribuição de verbas públicas de maneira diretamente proporcional a performance gerencial de ONGs, clubes, federações, governos estaduais e municipais, ou seja, seguidores de práticas gerenciais eficientes, vai para na primeira gaveta que apareça clamando por receber mais papel.
Por outro lado, o amigo consultor, relatou, que recentemente, ao realizar um trabalho de estabelecimento de metas e diversificação de receitas em uma entidade desportiva, se deparou com atitudes paternalistas e coronelistas de dirigentes que se dizem preocupados com a situação da mesma e a implantação, aparentemente tranquila, se tornou em objetivos quase impossíveis de serem cumpridos.
As duas histórias, mesmo que resumidas, demonstram e corroboram a importância da migração de profissionais de outros mercados para o mercado esportivo, pois este necessita de boas práticas e profissionais que de fato se orientem para resultados.
Alguém se habilita?
Forte Abraço

sexta-feira, 11 de junho de 2010

E se as seleções fossem empresas?

Olá Pessoal,

Esta semana a Revista Isto é Dinheiro divulgou um levantamento da publicação Football Finance, que considerou os valores dos passes dos jogadores de cada seleção do mundial para criar um ranking das seleções mais valiosas da competição, e comparou com valores de mercado de grandes empresas nacionais.

O ranking sob a ótica de análises mais detalhadas que incluam variáveis mais consistentes seria bastante questionável, já que indicadores importantes não foram considerados no estudo da publicação. No entanto, aceitando a delimitação proposta pelo estudo, o ranking faria bastante sentido, já que na seleção espanhola, supostamente a mais valiosa, boa parte do elenco atua no campeonato espanhol, um dos mais ricos do mundo, logo tal variável eleva os valores dos direitos de outros jogadores nascidos na Espanha.

Embora a delimitação tenha a proposta de considerar apenas o valor do passe seus resultados são limitados, pois não considera variáveis que teriam peso significativo no processo de elaboração do ranking.

Para melhor ilustrar o questionamento feito acima, imagine cada seleção fosse uma marca apresentaria melhor performance no indicador “lembrança de marca” Brasil ou Espanha? No mesmo sentido, qual empresa teria mais “penetração de mercado”? Quem arrecadou mais receitas em premiações e patrocínios? Qual seleção apresenta menor índice de rejeição junto ao consumidor? Qual apresenta maior intenção de compra? Quem possui consumidores/torcedores mais fiéis? Quem tem melhor eficiência operacional? Que seleção possui maior diferencial competitivo? Qual gera mais valor e riqueza a seus parceiros?

Enfim são diversas as variáveis que poderiam alterar substancialmente o ranking da publicação, mas, assim como constatado no processo de tomada de decisões no Esporte, a falta de informações acuradas insistem em revelar cenários pouco confiáveis.
De qualquer forma, estes estudos começam a ser realizados e muito em breve os gestores do Esporte poderão planejar e decidir de maneira mais assertiva.

Forte Abraço

terça-feira, 8 de junho de 2010

Pesquisa Lance Imperdível

Olá Pessoal,

Essa semana o Meio e Mensagem liberou mais alguns dados interessantes da Pesquisa Lance Imperdível no que se refere a efetividade e influência dos patrocínios no momento da tomada de decisão de compra dos torcedores de futebol. O estudo, que realizou três mil entrevistas e questionou sobre qual melhor frase reflete a atitude frente à compra de produtos da marca que patrocina seu time, parece confirmar que os patrocínios pontuais pouco afetam o hábito de consumo do consumidor/torcedor.


Dentre os números que podem ser destacados vale a pena refletir sobre os 27% que responderam positivamente, afirmando que o fato da marca patrocinar seu time influencia a preferência de compra da mesma e os 64% que disseram nada influenciar a compra de marcas patrocinadores de deus times.

As hipóteses para justificar os resultados estão diretamente relacionadas a duração do relacionamento entre patrocinador e clube, pois é certo que a longevidade da parceria influencia a percepção do consumidor, logo pode-se concluir que os melhores patrocínios são os fundamentados em estratégias e resultados de longo prazo.
No entanto, ainda discordo da afirmação do respeitado sociólogo Alberto Carlos Almeida que na reportagem atesta que " patrocínio recente é lembrado, mas não motiva muito a compra", já que não acredito que este sequer seja lembrado. O importante é que os dados corroboram a importância de não apenas patrocinar, mas também ativar as propriedades disponíveis.
Em breve retorno com uma análise mais detalhada dos números
Abs

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A construção de vantagens competitivas em clubes de futebol

Pessoal,
Estou a finalizar meu TCC do MBA e gostaria de compartilhar com vocês a temática que estou abordando e receber contribuições. Em breve publicarei o resultado final do estudo, mas por enquanto segue uma prévia delimitada da abordagem.
O futebol mundial passa por um processo de profissionalização acelerado no qual os clubes têm buscado implementar estratégias gerenciais orientadas para o resultado. No Brasil esse processo ainda é gradual e ocorre em ritmo menos acelerado, mas as organizações esportivas já reconhecem a necessidade de desenvolver as áreas comerciais, marketing, operações, T.I, financeiro e novos negócios para aumentar as fontes de receitas e/ou gerar vantagens competitivas que viabilizem não só o aumento da rentabilidade das instituições, mas também a fidelização do torcedor/consumidor e a penetração de mercado.
Essa nova demanda de boas práticas estratégicas no universo do futebol resulta em alterações na cadeia de valor da modalidade futebol e faz com que acordos comerciais de patrocínio sejam revistos com o objetivo de valorizar as propriedades de marketing envolvidas nas negociações.
Recentemente grandes clubes como Flamengo, Grêmio, Cruzeiro e Atlético-MG optaram por rever suas parcerias de fornecimento de materiais esportivos alegando que os contratos não implicavam em receitas compatíveis com os benefícios financeiros gerados às marcas fornecedoras, já que os valores de remuneração definidos contratualmente não eram diretamente proporcionais aos resultados de vendas dos produtos relacionados aos clubes.


Fundamentado no cenário acima descrito pode-se afirmar que combinação de estratégias de integração para frente e para trás por parte dos clubes criariam novas vantagens competitivas e consequentemente aumentariam a rentabilidade da organização?
É o que veremos no final do estudo e vocês o que acham?
Forte Abraço

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A prostituição do produto "Esporte"

Olá Pessoal,
Todo início de ano o cenário tem se repetido, os clubes com ampla dificuldade de trabalhar com base em planejamentos de longo prazo começam a temporada com o objetivo de gerar receitas de curto prazo e isso é prioridade zero! No entanto, isso não é nenhuma novidade e muito menos motivo de surpresa, mas o que surpreende é o posicionamento das empresas de gestão e marketing esportivo que aproveitam essa oferta para atender a uma demanda da iniciativa privada sedenta por visibilidade e como consequência surgem os famosos patrocínios de oportunidade.
Tal prática se acentua principalmente em jogos de pequenos clubes contra os midiáticos que fazem parte do G4 e terão seus jogos televisionados em tv aberta. O que se discute é qual a vantagem de uma organização em se aproveitar do contexto de oportunidades pontuais e a resposta é simples, NADA MAIS DO QUE APENAS VISIBILIDADE!
Mesmo que de maneira empírica pode-se afirmar que se as empresas que intermediam tais patrocínios direcionassem parte da receita gerada pelo contrato em aplicação de controle constatariam que seu "cliente" não obteve ganhos em lembrança de marca, em vendas, não penetrou em mercados nos quais ainda não atua, não estreitou relacionamentos com seus stakeholders, mas, por outro lado apareceu na Globo né?
A dúvida é, será que os empresários que intermediam tais oportunidades tem notoriedade das implicações de longo prazo? Com certeza seu cliente ficará satisfeito com a visibilidade, mas também é certo que ao verificar que o retorno em outras variáveis não foi o desejado e interpretará que o Esporte nada mais é do que mais uma mídia que catalisa visibilidade e massageia o ego de gerentes e diretores de marketing que comumente dizem "Você viu que nossa marca estava no jogo do Corinthians?"
Não resta dúvida que esta prática imediatista, porém muito rentável para as empresas que conduzem as negociações, pois a remuneração de success fee pode variar de 10 a 20% do valor acertado, está a prostituir o principal produto da gestão e marketing esportivo, ou seja, o próprio Esporte.
Um trabalho de planejamento consistente e integrado renderá melhores frutos financeiros e garantirá receitas com base em contratos longitudinais, logo, fica evidente que o "oportunismo" não viabilizará um crecimento sustentável dessas empresas.
Agora cabe a nós gestores decidir entre altíssima rentabilidade e trabalho fácil ou rentabilidade estável e trabalho árduo.
Forte Abs

terça-feira, 1 de junho de 2010

Futebol - Mercado pouco explorado

Hoje será divulgado um estudo detalhado sobre a relação dos brasileiros com o Esporte. A pesquisa realizada pelo diário "Lance" em parceria com o IBOPE promete confirmar o quanto O ESPORTE como negócio no Brasil ainda é amador e pouco explorado, principalmente o futebol que oferece tanta visibilidade para seus patrocinadores, mas até quando essa variável viabilizará o crescimento sustentável da modalidade?

Fica claro, pelos números informados pela imprensa, que os clubes pouco tem feito para aproveitar o torcedor como consumidor assíduo de seus produtos . Consequentemente esse cenário maximiza a dependência de receitas provenientes de direitos de transmissão e patrocínio de uniformes, ou seja, se o clube fosse uma empresa de bens de consumo seu faturamento estaria na mão de 2 clientes. Essa condição reflete no enfraquecimento estrutural e financeiro dos clubes que para aliviar a pressão em seus caixas se aventuram em vendas precipitadas de jovens talentos, negociação com patrocinadores e não investidores, afinal não basta oferecer apenas a visibilidade e "mal tratar" o torcedor, já que este é o fiel "pequeno varejista" que permitirá ao clube/empresa valorizar sua marca e aumentar seu poder de barganha junto aos grandes investidores implicando assim em geração de receita ainda maior.

Obviamente, essa análise simplista, demanda a atuação de uma equipe multidisciplinar que trabalhará para entregar tais resultados de médio e longo prazo. Os argumentos acima apresentados se justificam, pois o estudo a ser divulgado demonstra : 1% dos torcedores foi ao estádio nos últimos 2 anos.... Isso mesmo 1% = 1,2milhão de pessoas e para piorar: 8% dos torcedores, ou seja, 10 milhões de pessoas gostariam de participar de programas para sócio -torcedores.

Então fica a pergunta.. isso que os clubes fazem é gestão profissional? É verdade que alguns têm se esforçado para mudar , no entanto, a mudança será árdua e gradual.

Abs