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quinta-feira, 5 de abril de 2012

A mesmice do mercado esportivo

Sócios,

Fusões sem consistência.

Muita fumaça e poucos focos de incêndio.

Pontuais rolando.

Palestrantes de sempre.

Futebol.

Intermediações.

ChoChoCho + BláBláBlá.

Bastante mídia.

Pouco resultado.

Paternalismo nas negociações.

Jovens talentos que não conseguem ingressar no mercado.

Patrocinadores e potenciais patrocinadores perdidos.

Propriedades hipervalorizadas.

Oportunismo.

O mesmo de sempre!


Não são lamentações, afinal por aqui vai tudo bem e muita coisa acontecendo, porém o modelo é sustentável?


Forte Abs

quinta-feira, 1 de março de 2012

Palmeiras e seu Crowdfunding Assistencialista

Sócios,

Mais uma vez tentarei deixar de lado o "torcedor" e trazer uma reflexão profissional sobre a estratégia utilizada pelo Palmeiras para viabilizar a contratação do jogador Wesley. Não discutirei se ele é bom atleta ou se o investimento vale a pena, mas sim apresentar minha opinião sobre o tal " Crowdfunding" palmeirense!

De maneira geral me pergunto: Quem foi o maluco que nomeou essa estratégia de Crowdfunding? A iniciativa demonstra o quanto o clube está atrasado frente a outros clubes brasileiros (inclusive muitos de médio e pequeno porte). A medida é extremamente retrograda a evolução do marketing esportivo no país e faz com que o clube se submeta a políticas assistencialistas que eram muito comuns no mercado até pouco tempo atrás quando decisões de patrocínios eram tomadas com base na paixonite de grandes executivos e empresários! Faz ainda com que o clube se comporte de maneira mendiga, "suplicando" de joelhos por dinheiro não fruto de uma meritocracia gerencial!!!!!

O crowdfunding vem se disseminando para viabilizar filmes, gravações de cds/dvds, start ups, shows, ou seja, para financiar investimentos que sem uma mobilização coletiva mal sairiam do papel. No entanto, essa modalidade de investimento implica em contrapartidas claras aos seus investidores e tal " retorno" pode ser com base no valor investido, contribuição na captação, etc, etc, mas obrigatoriamente o investidor terá um retorno sobre seu investimento!

Esse retorno pode ser uma entrada no camarim, locais privilegiados, acesso prioritário, ingressos e uma variação enorme de benefícios que não necessariamente precisam ser DINHEIRO, porém o benefício existirá!

Após a grande repercussão na mídia e buzz nas redes sociais a diretoria Palmeirense disse, disse, disse, mas sem dizer nada. Não fica claro para o investidor que modalidade de investimento é essa ou quais vantagens de aderir ao plano.

Na prática, trata-se de uma belíssima doação a gestores incapazes de estabelecer uma política de governança corporativa confiável e com controle financeiro duvidoso.

Uma doação... e o pior de tudo uma doação impossível de deduzir no Imposto de Renda


Abs

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Herbalife e Barcelona sem logo!!!!


Sócios,

Durante o período das minhas férias e do blog pude acompanhar boas práticas no mundo do marketing esportivo. Dentre todas, uma que me chamou muita atenção foi uma ação ATL da Herbalife para explorar as propriedades adquiridas junto ao Barcelona. Vale reforçar que a marca não possui nenhum direito sobre propriedades que objetivam visibilidade!!!

A campanha é simples e a peça não tem nada de criativo ou inovador, mas de maneira objetiva deixa claro que "Os campeões também escolhem Herbalife" . Infelizmente não tenho acesso aos resultados da campanha, porém aparentemente era agressiva, pois vi a peça na Itália, Espanha e Túrquia, veiculadas em táxi, traseira de ônibus, outdoor e mídia indoor em elevadores!!!

Acima uma versão em italiano!!!

Abs


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

KIA , esporte e o processo reverso

Sócios,


Após uma longa pausa de quase 50 dias estou de volta com nossos posts, porém tentarei ao longo de 2012 deixar o blog mais dinâmico e, para isso, conto com a participação dos leitores. Basicamente a ideia é aumentar a frequência de post, deixando o espaço aberto para leitores que eventualmente queiram enviar seus textos, análises, etc para serem publicados!

A temática de hoje é resultado de uma reflexão feita pelo torcedor x profissional e foi motivada logo que li a notícia de que a sul-coreana, Kia Motors, já detentora de propriedades de campeonatos nacionais e parceira da FIFA após fusão com a Hyundai, seria a nova patrocinadora do Palmeiras, time pelo qual eu torço.

Sob a ótica do torcedor pensei: " Agora vai!!!! Com 25 milhões anuais a "casa" será arrumada, reforços chegarão e o time ficará muito mais competitivo". Por outro lado levantei questionamentos do tipo: será que a entrada da marca no uniforme foi uma forma de comprar mídia barata?Por causa da entrada de outros concorrentes no esporte?Perfil do torcedor?Tamanho da torcida?Para vender mais ou aumentar lembrança de marca?

Tudo isso para no final concluir que nem mesmo os envolvidos devem saber os reais porquês, afinal especula-se que o acordo tenha sido firmado em apenas 3 dias e meio de negociação, muito, muito, muito mais rápido que as negociações padrões de mercado.

A verdade é que com o atual cenário macroeconômico favorável e aumento de competitividade no setor, as montadoras passarão a disputar um verdadeiro campeonato de pontos corridos no qual a grande campeã aumentará sua base de torcedores (nesse caso consumidores). No entanto, as marcas, na impetuosidade de entrada no esporte como forma de proteção de mercado, acabam por não definir de maneira planejada que ações as diferenciarão de suas concorrentes. Particularmente, acredito que em nenhum dos aportes (não só o da KIA) a estratégia tenha sido definida, fundamentada e planejada antecipadamente, ou seja, oportunismo de valores, propriedades, condições, etc. Nesse sentido, o que fará a diferença é a tática de jogo!!

A tática de jogo será a maneira com que as marcas ativarão as propriedades a que têm direito. Sugiro que deixem de lado a visibilidade, afinal o budget de Mídia cobrirá qualquer necessidade de aparecer, e apostem na possibilidade de realmente interagir com o esporte e a imensa massa de consumidores que o consome. Não se trata de ações passionais e parciais, mas sim em gerar engajamento, aumentar vendas, penetrar em novos mercados e até mesmo contribuir no processo de profissionalização do esporte brasileiro.

Parece loucura, mas imagine a relação indústria e varejo onde anos atrás a primeira apostou em contribuir na profissionalização do segundo como meio de melhorar os resultados de seu negócio. Agora imagine uma marca que participe ativamente (mesmo que de maneira topdown e condicional ao aporte) de um processo de diversificação de receitas, gestão de CRM, profissionalização de departamentos,mais entretenimento, interações cotidianas, melhoria do atendimento em dias de jogos, ampliação de torcida, entre muitas outras variáveis......Utopia?Sonhar demais?

Como torcedor e profissional da área sei que o mercado esportivo está se profissionalizando, de maneira mais acelerada, porém não suficiente, mas se o patrocinador o fizesse eu só teria carros KIA.

Abs

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

2012: Início de um novo modelo de trabalho no Esporte

Sócios,

Este ano, por inúmeras vezes, discutimos sobre as recentes mudanças no mercado esportivo brasileiro. A tendência de consolidação, um adeus a pulverização de agências de marketing esportivo, novos modelos de negócio, práticas gerenciais mais modernas, inserção de novas tecnologias e acima de tudo trabalhos orientados para resultados.

Mesmo que lentamente a tendência é que 2012 seja o ano da mudança mais acelerada por diversos motivos dos quais destaco: hiper inflação do futebol e proteções de propriedades. O absurdo orçamentário vivido pelo futebol fará com que muitas marcas aloquem seus investimentos esportivos para outras modalidades, investindo em atividades que somem Esporte e Entretenimento.

As proteções as propriedades esportivas implicarão em inovações, necessidade latente de ativar, chamar a atenção do consumidor e vender...A visão do Esporte como mídia permanecerá e os "urubus" dos pontuais ganharão terreno, mas em 2012 a demanda mudará seu fluxo. De maneira muito mais ativa os "investidores", "patrocinadores", "apoiadores", etc, etc, etc, etc, exigirão boas práticas e a tendência é que as relações se aproximem da relação indústria-varejo...

"Invisto no seu negócio, mas as contrapartidas serão cumpridas e o seu negócio trabalhará para que meus resultados melhorem!"


Que venha 2012!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


OBS: foi uma satisfação compartilhar ideias e pensamentos em 2011. O blog estará fora do ar de hoje até 23 de janeiro. Nesse intervalo tentarei levantar práticas de ativações que estão sendo realizadas por toda Europa para posteriormente aqui compartilhar.


Forte Abs

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

A enxurrada de unidades de negócios no Esporte

Sócios,


O post de hoje é curto, objetivo e foi motivado por um tweet de um profissional renomado que admiro. Já discutimos anteriormente que nos últimos 18 meses houve uma explosão no mercado esportivo brasileiro com a chegada de grandes players internacionais, joint-ventures de agências nacionais, novos players (com embaixadores consagrados), mas principalmente uma enxurrada de "Novas Unidades de Negócios" em grandes agências de publicidade e consultorias.

É inquestionável que essas grandes empresas possuem competências, carteiras de clientes robustas/respeitáveis e são competitivas, porém para os seus core business. Não sou contra o surgimento dessas novas B.Us, mas este movimento deve ser pautado em projetos consistentes e com visão de longo prazo. Na grande maioria das vezes a decisão de startar um "Departamento"/ B.U de Esporte vem por decisão topdown (especialmente em Multinacionais) ou sob alegação de que é chegado o momento de aproveitar as oportunidades que serão geradas pela Copa e Olimpíadas no país.

O caso das consultorias é ainda mais preocupante apesar de serem detentoras de recursos humanos altamente capacitados. O fato é que os profissionais desconhecem o universo esportivo, suas particularidades, modelos de negócios, entre outras variáveis e, na grande maioria das vezes, as análises, pesquisas, estudos e recomendações para tomada de decisões serão passíveis de erros, logo podendo implicar em "danos" aos seus clientes.
Na prática todos esses novos negócios tem prazo de validade.O que acham?

Sou a favor dos novos negócios! Se querem jogar, adequem-se ao sistema de jogo, somem forças e aproveitem pessoas, empresas e negócios complementares ao seu!

Forte Abs

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Patrocínio esportivo não é assistencialismo

Sócios,


Já discutimos ao longo desses 2 anos que o mercado esportivo vem se profissionalizando, novos modelos de negócio estão surgindo, existe a tendência de hiper inflação em algumas modalidade, etc, etc, etc, mas mesmo assim no dia a dia observam-se atitudes que parecem ir na contramão dessa corrente positiva de profissionalização.

Em posts mais antigos discuti a dificuldade em dar sinergia aos objetivos de proponentes e patrocinadores,tanto em patrocínios puros quanto incentivados. Essa semana alguns atletas apoiados por nossos clientes confundiram Patrocínio Esportivo com Assistencialismo Esportivo, mas para minha surpresa leio a notícia "Luiz Razia lamenta falta de interesse de empresas brasileiras" que tem como protagonista o jovem piloto da F1, integrante da equipe Lotus.

O mercado, extremamente caracterizado por grandes investimentos em atletas expoentes em suas modalidades, implica no desafio de atrair patrocinadores à base e região intermediária da pirâmide esportiva brasileira. Tal cenário se aplica ao futebol, vôlei, basquete e todas modalidades, já que é evidente que conseguir aportes as grandes e midiáticas estrelas é muito mais "fácil".

Os atletas, empresários, agentes e agências precisam, urgentemente, entender que para atrair os patrocinadores é preciso não apenas resultados, mas sim que seus atributos e objetivos estejam alinhados com as estratégias institucionais e mercadológicas dos potenciais patrocinadores.

Considero um absurdo que qualquer atleta questione executivos sobre o que é ou não uma oportunidade para a marca/empresa que estes são responsáveis pelo gerenciamento.É extremamente negativo para o atleta proferir argumentos como os utilizados pelo Razia em contato com representantes da GE (declaração retirada do portal Máquina do Esporte), "Para uma grande empresa, cinco milhões não é nada. O que são 5 milhões de Euros para a GE?".

Esse ponto de vista está obsoleto, ultrapassado, já era, fora de moda... chamem como quiser. A grande questão e reflexão deve ser feita é: O que fazer, melhorar, mudar para me tornar atrativo comercialmente para a marca patrocinadora? Eu, atleta, sou capaz de reforçar ou agregar atributos ao patrocinador?Minha imagem, resultados, atividades extra esporte contribuirão para os resultados da empresa?

Sem mais


Abs