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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

KIA , esporte e o processo reverso

Sócios,


Após uma longa pausa de quase 50 dias estou de volta com nossos posts, porém tentarei ao longo de 2012 deixar o blog mais dinâmico e, para isso, conto com a participação dos leitores. Basicamente a ideia é aumentar a frequência de post, deixando o espaço aberto para leitores que eventualmente queiram enviar seus textos, análises, etc para serem publicados!

A temática de hoje é resultado de uma reflexão feita pelo torcedor x profissional e foi motivada logo que li a notícia de que a sul-coreana, Kia Motors, já detentora de propriedades de campeonatos nacionais e parceira da FIFA após fusão com a Hyundai, seria a nova patrocinadora do Palmeiras, time pelo qual eu torço.

Sob a ótica do torcedor pensei: " Agora vai!!!! Com 25 milhões anuais a "casa" será arrumada, reforços chegarão e o time ficará muito mais competitivo". Por outro lado levantei questionamentos do tipo: será que a entrada da marca no uniforme foi uma forma de comprar mídia barata?Por causa da entrada de outros concorrentes no esporte?Perfil do torcedor?Tamanho da torcida?Para vender mais ou aumentar lembrança de marca?

Tudo isso para no final concluir que nem mesmo os envolvidos devem saber os reais porquês, afinal especula-se que o acordo tenha sido firmado em apenas 3 dias e meio de negociação, muito, muito, muito mais rápido que as negociações padrões de mercado.

A verdade é que com o atual cenário macroeconômico favorável e aumento de competitividade no setor, as montadoras passarão a disputar um verdadeiro campeonato de pontos corridos no qual a grande campeã aumentará sua base de torcedores (nesse caso consumidores). No entanto, as marcas, na impetuosidade de entrada no esporte como forma de proteção de mercado, acabam por não definir de maneira planejada que ações as diferenciarão de suas concorrentes. Particularmente, acredito que em nenhum dos aportes (não só o da KIA) a estratégia tenha sido definida, fundamentada e planejada antecipadamente, ou seja, oportunismo de valores, propriedades, condições, etc. Nesse sentido, o que fará a diferença é a tática de jogo!!

A tática de jogo será a maneira com que as marcas ativarão as propriedades a que têm direito. Sugiro que deixem de lado a visibilidade, afinal o budget de Mídia cobrirá qualquer necessidade de aparecer, e apostem na possibilidade de realmente interagir com o esporte e a imensa massa de consumidores que o consome. Não se trata de ações passionais e parciais, mas sim em gerar engajamento, aumentar vendas, penetrar em novos mercados e até mesmo contribuir no processo de profissionalização do esporte brasileiro.

Parece loucura, mas imagine a relação indústria e varejo onde anos atrás a primeira apostou em contribuir na profissionalização do segundo como meio de melhorar os resultados de seu negócio. Agora imagine uma marca que participe ativamente (mesmo que de maneira topdown e condicional ao aporte) de um processo de diversificação de receitas, gestão de CRM, profissionalização de departamentos,mais entretenimento, interações cotidianas, melhoria do atendimento em dias de jogos, ampliação de torcida, entre muitas outras variáveis......Utopia?Sonhar demais?

Como torcedor e profissional da área sei que o mercado esportivo está se profissionalizando, de maneira mais acelerada, porém não suficiente, mas se o patrocinador o fizesse eu só teria carros KIA.

Abs

4 comentários:

  1. Belo post Lucas. Eu quero acreditar que, apesar da negociação ter acontecido rapidamente (3 dias como saiu em alguns veículos), os responsáveis da Kia já estão planejando entrar no futebol brasileiro em forma de patrocínio aos clubes faz nalgum tempo, vide os naming rights de campeonatos como a Copa do Brasil. E, acho que escolheram o Palmeiras porque foi ocasião do mercado, pois, mesmo estando numa fase péssima, o clube é tradicional, tem a 3ª/4ª torcida no Brasil, e está a beira do centenário. Ainda podemos dizer que o torcedor/consumidor palmeirense é um dos maiores consumidores de produtos licenciados.
    Mas isso é uma visão de fora, só estou supondo!
    Grande abraço,
    Thiago Macedo

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  2. Marcelo,

    obrigado pela participação. Não sou sócio do clube e só o faria com uma transparência na gestão dos recursos captados através do programa..

    Abs

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