Pesquisar este blog

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Classe C, Esporte e Consumo

Sócios,


São quase 80 milhões de pessoas, sendo 25 milhões recém chegados a desejada condição econômica, considerada a nova e verdadeira classe média, acessam cada vez mais a internet, concentram 50% da renda nacional, ganham até R% 5 mil, consomem seu primeiro carro, imóvel, viagem, adoram os créditos, exigentes na variável preço e adoram compará-lo/pesquisá-lo. Essas são as características da cobiçada classe C, alvo prioritário por grande parte das empresas que desejam alavancar seus negócios e manter o crescimento sustentável de seus lucros.

Essa forte mudança sócio econômica do país, além de deixar a pirâmide mais uniforme, torna hábitos e poder de compra mais homogêneos estimulando ainda mais a competitividade entre as organizações, mas de que forma esse novo cenário pode beneficiar o ambiente esportivo?

Todos sabem que o contexto esportivo tem especificidades mercadológicas peculiares não encontradas nos segmentos de FMCG e bens duráveis, todavia, alguns conceitos, estratégias e planos podem ser adaptados e implementados contribuindo para o aumento de receitas, ganho de competitividade e fidelização do consumidor esportivo.

Sabe-se que existe um esforço absurdo para identificar necessidades/preferência desse público e para fidelizá-lo, algo bastante desafiador devido ao perfil “pesquisador” e consciente de que não pode gastar se aventurar gastando um centavo a mais do seu orçamento. Tais variáveis associadas à imensidão de opções de lazer e consumo corroboram ainda mais a latente necessidade das organizações investirem recursos e tempo para chamar a atenção dos consumidores C.

Nesse sentido, existem dois panoramas passíveis de êxito, empresas que investem no Esporte utilizá-lo como plataforma de aproximação com o consumidor final, destacar o mesmo como um atributo competitivo de seus produtos e gerar brand equity para sua marca. Por outro lado, existe perspectiva das entidades esportivas (clubes, federações, etc) com possibilidade de aumentar suas bases de “clientes”, massificando sua marca e/ou modalidade, tornando-se atraentes comercialmente para potencias patrocinadores e acima de tudo gerando lucros financeiros e esportivos.

Não existe receita de bolo, mas é consenso que o aparentemente inexorável modelo de gestão esportiva está sucateado e ultrapassado e da forma que está sendo conduzido não conseguirá atender uma premissa básica no processo de decisão de compra do público C, segundo palavras de Klein (presidente das Casas Bahia), “É um consumidor que vê o produto como trofeú a ser conquistado, Se o ajudarmos, ele volta”. Então fica a questão, será que patrocinadores e patrocinados entregam tal experiência?
Forte Abs
Fico no aguardo de participações

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Integração do Marketing Esportivo com o Ponto de Venda

Sócios,


Muito se tem discutido sobre as práticas de marketing esportivo no Brasil, que o mercado se profissionaliza, gradualmente implementa boas práticas, que existe demanda, falta profissionais, a iniciativa privada reconhece o esporte, grandes agências entram no mercado, etc, etc.

Até pouco tempo atrás o jargão preferido dos Marketeiros de plantão era o termo “360 graus”, afirmando que essa era a tendência e de fato é! No entanto, no marketing esportivo, na grande maioria das vezes, o “planejamento”(não acredito que seja o termo correto) e definição das estratégias de um organização estão sempre pautados em oportunidades pontuais ou com custo benefício fantástico, ou seja, não se constrói uma história ou parcerias longitutinais, salvo alguns “cases”.

Aqui na empresa o que mais temos discutido é como transformar o Esporte em um atributo de marca que gere vantagem competitiva aos nossos clientes perante seus concorrentes e concluímos que, se tratando de produtos/serviços, duráveis ou não, o ponto de venda é fundamental para processo de consolidação do valor da marca, segundo modelo de Keller: Identidade (conhecimento, Significado (desempenho e imagem), Respostas (Julgamento e Sentimento), Relacionamentos (Ressonância).

Calma, calma lá! Parece meio confuso uma mistura de Marketing Esportivo, Branding e Trade Marketing, mas faz sentido, no entanto, antes de justificar o porquê é importante explicar que Trade Marketing não é Merchandising, confusão comum no mercado, o trade marketing é composto de três pilares que integrados são verdadeiras máquinas para gerar resultados: Merchandising, Treinamento e Promoção, logo fica evidente que também existe complexidade na integração de todos esses conceitos na prática.

Como o objetivo de um post é ser o mais simples possível, talvez a melhor alternativa seja ilustrar e exemplificar de que forma o ponto de venda se tornou fundamental para desenvolvimento da vantagem competitiva oriunda do marketing esportivo, afinal de que adianta ter a visibilidade, ser reconhecida pela credibilidade, bom desempenho, ser bem avaliada e gerar sentimentos positivos pelo consumidor final que disseminará boas informações da sua marca, se no ponto de venda um vendedor bem treinado, dentro de um stand atrativo e interativo localizado em uma loja de uma grande rede varejista, irá informar que um grupo de assets famosos utiliza a marca concorrente e ao comprar o produto o consumidor irá concorrer a uma tarde junto com a equipe patrocinada pelo concorrente e ainda ganhará camisetas autografadas, ingressos vips e quem sabe uma premiação participativa gerando uma experiência de consumo ainda maior. Os resultados, segundo números internos da nossa empresa, em 73,4% dos casos a decisão de compra será influenciada e por mais que existisse a intenção de compra pela marca número 1 o consumidor levará a marca 2.

Por isso, concluimos que a integração com o ponto de venda é fundamental para que o Esporte de fato gere resultados tangíveis para as organizações que investem nessa plataforma, ou seja, dinheiro, divisas, receitas, lucros. Por outro lado, se o objetivo da empresa for apenas visibilidade, ok! Vá em frente é certo que seu retorno de mídia será fantástico, é isso que quer?
Forte Abs a todos
Fico no aguardo da contribuição de vocês
PS: Ponto para a Sky!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Grandes agências iniciam investimentos no Brasil, será o fim dos pequenos players?

Olá Pessoal,

Ontem li no portal Máquina do Esporte a notícia com o seguinte título “Eventos esportivos impulsionam agências no Brasil” (veja mais no link http://www.maquinadoesporte.com.br/i/noticias/marketing/17/17369/Eventos-esportivos-impulsionam-agencias-no-Brasil/index.php) e durante as 12 horas seguintes não parei de pensar e refletir sobre o assunto, afinal, como um dos sócios de uma pequena consultoria de gestão de marcas no esporte, por alguns instantes, fiquei bastante preocupado sobre as possíveis consequências para os negócios de minha organização.

Todos sabemos que o cenário não poderia ser mais favorável já que nós, Brasil, seremos sede dos dois principais eventos esportivos do mundo e os mesmos direcionam outros grandes eventos para o país sede. Além disso, as empresas perceberam que o Esporte pode sim gerar vantagens competitivas para seus negócios, as entidades/instituições esportivas estão acordando para necessidade latente de profissionalização, profissionais estão se qualificando, etc, etc, etc.

Esse contexto está tão evidente que investidores de diversos segmentos começam a apostar no marketing esportivo para aumentar suas receitas, a própria notícia informa: Ronaldo, Nizan e muitos outros, isso sem contar a entrada de grandes players mundiais do segmento. Por isso fica a questão? Como as pequenas e médias empresas deste mercado conseguirão manter competitividade sem ser engolidas pelos gigantes concorrentes?

Particularmente, quando decidimos seguir em frente com a start up Touch Sports avaliamos todos esses riscos e aos poucos temos tentado desenvolver uma metodologia de trabalho pautada em uma política de ganha-ganha para manter um crescimento sustentável, bem como ganhar competitividade. O fato é que os players nanicos insistem na manutenção de posicionamento por nós chamado de “faz tudo”, pois ,mesmo pequenos, disseminam a idéia de que possuem expertise para cuidar desde ativação de patrocínios, gestão de carreiras, gestão de organizações, realização e promoção de eventos a negociações internacionais, ou seja, mais uma vez deixo a crítica- o mercado prostituindo o mercado!

A grande pergunta reside no ponto de como empresas, muitas vezes compostas por equipes de no máximo 8 pessoas, possuem tanta experiência e know how. Nesse sentido, nossos esforços tem se concentrado em, além de prospectar e atender clientes, conscientizar nossos pares sobre a possibilidade de juntos ganharmos mercado e minimizar os efeitos da entrada de grandes players, já que impedir é impossível, pois estes possuem carteiras de clientes consolidadas, ampla rede de contatos e capital para investimentos enormes.

Nosso speech vislumbra basicamente três estratégias: clusterização de competências complementares, joint-ventures e até mesmo fusões. Alguns argumentam que é loucura, pois seria complicado gerenciar egos, compartilhar despesas, riscos e ganhos, mas não é assim que pensamos. Os próximos anos o mercado terá espaço para todos, mas, inevitávelmente, assim como tem ocorrido no varejo e indústria o mercado tende a se consolidar, principalmente nos anos pós 2016.

Além disso, uma estratégia alternativa seria a “venda” dos expertises para esses grandes players, afinal os mesmos precisarão conhecer as especificidades geográficas, políticas, culturais, sociais, blábláblá. Com esse discurso deixo a reflexão para todos intervenientes desta cadeia: Jogar junto ou sair de campo?


Abs a todos

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Federação Paulista de Tênis inicia trabalho integrado para promover mudanças na modalidade

Pessoal,
Fazendo um pouco de jabá!!! A nossa empresa tem desenvolvido um trabalho muito legal com a Federação Paulista de Tênis e acho que todos poderiam acompanhar, opinar e contribuir.

O fenômeno Guga não foi devidamente aproveitado para promover a expansão do tênis no país e tal fato implicou em alterações drásticas no cenário da modalidade no país, pois, logo após as conquistas do ídolo, diversas academias surgiram e a base de praticantes aumentou substancialmente. Mas hoje, o contexto é totalmente desfavorável, já que aproximadamente 70% dos negócios deixaram de existir e a quantidade de praticantes decresce ano após ano.

A Federação Paulista de Tênis sabendo dos atuais desafios, recentemente, iniciou um trabalho integrado para fomentar mudanças gerenciais e operacionais que viabilizem o crescimento sustentável da modalidade e se prepara para implementar um novo modelo de negócio e ampliar o acesso a modalidade, bem como para melhorar a qualidade dos serviços prestados aos tenistas do estado.

Para isso, desde maio, em trabalho conjunto com uma equipe multidisciplinar, tem desenvolvido um trabalho altamente complexo para estruturar um plano de ação capaz de reverter a situação atual. Fazem parte do projeto as equipes da Touch Sports, consultoria especializada em gestão de marcas no esporte, WebJump, agência digital, DGW, assessoria de imprensa, DataSports, empresa especializada em sistemas de informações no esporte e todos colaboradores da entidade.

Seguindo um cronograma rigoroso de atividades, o grupo de trabalho já realizou pesquisas para identificar os gargalos de atendimento, programas de capacitação da arbitragem, requisitos e procedimentos para realização e organização de torneios, revisão do calendário de torneios, promoções mensais, ações em mídias sociais, redefinição de atribuições internas, auditorias para avaliação das competições, entre outras atividades que podem ser conferidas no www.tenispaulista.com.br.

Os primeiros resultados começam aparecer com a participação ativa dos tenistas, técnicos, professores, clubes e promotores de eventos da modalidade. E, sabendo da importância desses intervenientes, a entidade instituiu uma política de transparência na qual os apaixonados pela modalidade podem acompanhar online todas as ações que foram, estão sendo e serão realizadas.
Em breve serão lançados o clube de vantagens, ouvidoria e guia de procedimentos para torneios. A tendência é que a entidade passe a ser gerida cada vez mais orientada para resultados e beneficie muito mais os tenistas paulistas.