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quinta-feira, 1 de março de 2012

Palmeiras e seu Crowdfunding Assistencialista

Sócios,

Mais uma vez tentarei deixar de lado o "torcedor" e trazer uma reflexão profissional sobre a estratégia utilizada pelo Palmeiras para viabilizar a contratação do jogador Wesley. Não discutirei se ele é bom atleta ou se o investimento vale a pena, mas sim apresentar minha opinião sobre o tal " Crowdfunding" palmeirense!

De maneira geral me pergunto: Quem foi o maluco que nomeou essa estratégia de Crowdfunding? A iniciativa demonstra o quanto o clube está atrasado frente a outros clubes brasileiros (inclusive muitos de médio e pequeno porte). A medida é extremamente retrograda a evolução do marketing esportivo no país e faz com que o clube se submeta a políticas assistencialistas que eram muito comuns no mercado até pouco tempo atrás quando decisões de patrocínios eram tomadas com base na paixonite de grandes executivos e empresários! Faz ainda com que o clube se comporte de maneira mendiga, "suplicando" de joelhos por dinheiro não fruto de uma meritocracia gerencial!!!!!

O crowdfunding vem se disseminando para viabilizar filmes, gravações de cds/dvds, start ups, shows, ou seja, para financiar investimentos que sem uma mobilização coletiva mal sairiam do papel. No entanto, essa modalidade de investimento implica em contrapartidas claras aos seus investidores e tal " retorno" pode ser com base no valor investido, contribuição na captação, etc, etc, mas obrigatoriamente o investidor terá um retorno sobre seu investimento!

Esse retorno pode ser uma entrada no camarim, locais privilegiados, acesso prioritário, ingressos e uma variação enorme de benefícios que não necessariamente precisam ser DINHEIRO, porém o benefício existirá!

Após a grande repercussão na mídia e buzz nas redes sociais a diretoria Palmeirense disse, disse, disse, mas sem dizer nada. Não fica claro para o investidor que modalidade de investimento é essa ou quais vantagens de aderir ao plano.

Na prática, trata-se de uma belíssima doação a gestores incapazes de estabelecer uma política de governança corporativa confiável e com controle financeiro duvidoso.

Uma doação... e o pior de tudo uma doação impossível de deduzir no Imposto de Renda


Abs

2 comentários:

  1. Caro Lucas!

    Como não sou torcedor do clube, mas torcedor da boa gestão e observador das diversas direções que o mercado esportivo toma para sobreviver - e alguns sobresaem-se da vala comum - entendo que a profissionalização é o único caminho viável para qualquer clube de qualquer modalidade, não só sobreviver, mas destacar-se e fixar-se em patamares elevados.
    Neste caso específicamente, cabe lembrar que não só a incompetência gerencial do clube está em evidencia, mas a péssima gestão de carreira do próprio atleta, que sem nenhuma garantia, segurança, veste a camisa do clube que não tem a mínima condição de contratá-lo.
    Sua análise está perfeita. Então vamos ajudar o clube e o atleta a resolverem a situação, dentro dos padrões que eles instituíram:
    UMA AÇÃO ENTRE AMIGOS (RIFA).
    No site oficial, cria-se uma cartela virtual gigantesca, e o torcedor marca seu nome sobre o número, nome feminino, ou seja lá o que os brilhantes gestores definirem. Cada marcação custará xx reais, que permita na sua venda total, arrecadar o valor para a contratação do desavisado atleta.
    O vencedor terá sua foto ao lado do jogador, fixada no hall de entrada do novo estádio para sempre.
    Pronto! sem nomes estrangeiros, sem dificuldades, e sem problemas com legislação vigente ( rifa é proibida ). É uma ação entre amigos, e isso é legal. E o melhor, não precisa de profissionais para relizá-la. Qualquer pessoa de qualquer paróquia está capacitada para desenvolve-la. E se for torcedor, nem vai cobrar!!!

    Abs.
    Pedro Pires

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    1. Voce terei uma outra forma de buscar patrocinio para um clube do nordeste do Brasil

      ciceroafonso@uol.com.br

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