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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Expansão do ciclismo e a falta de investimentos consistentes

Sócios,
Atualmente o ciclismo nacional passa por um momento de forte expansão na quantidade de eventos e entrada de grandes players internacionais focados em bicicletas de alto valor agregado. Além disso, o aporte do Banco do Brasil à Confederação Brasileira de Ciclismo, o patrocínio da Petrobrás, a forte equipe de Paulínia e a alocação de recursos para eventos da modalidade por parte da Claro, quando associados à grande exibição do ciclismo em horário nobre e apelos de responsabilidade sócioambiental resultam em atletas vencedores e aumento da base de praticantes entusiastas em todo território brasileiro.

É nesse cenário de alta competitividade e crescimento que fica evidente o quão longe este mercado está de sua consolidação e de práticas agressivas de mercado (isso quando comparado a outros segmentos de mercado). O mercado das “magrelas” , com frota estimada entre 65 e 70 milhões, gera 200 mil empregos diretos (número que custo a aceitar) é dominado hoje pelas marcas Caloi e Houston, com 13 e 12 % de market share respectivamente. O que impressiona é a projeção de vendas na casa de 6,5 mlihões de unidades até o final de 2010.

Por outro lado, se analisarmos o mercado como um todo concluiremos que 45% do mercado estao pulverizados entre bicicletarias, pequenas marcas e na informalidade. Além disso, uma saída a campo confirmará que os intervenientes desta cadeia não estão nem um pouco aptos a aproveitarem esse “boom”, ou seja, jamais o crescimento será sustentável.

Os grandes varejistas se atentaram para essas deficiências e praticamente todos iniciaram vendas de bicicletas em suas lojas físicas e e-commerce, fato que pode no médio e longo prazo implicar em efeitos negativos para os fabricantes, a temida dependência. Sendo assim, qual o papel dos players deste mercado?

Por exemplo, no trade a venda é quase 100% sob a ótica do vendedor e estes possuem pouquíssimos argumentos de vendas, gestão de estoque inexiste, controle fiscal muito menos, assortment plan é desconhecido. Nesse sentido, poderia a indústria influenciar?

Poderia, mas o faz? Os canais de distribuição são poucos explorados e o portifólio é praticamente o mesmo para todos, bikes com preço de entrada misturadas com bikes de alta tecnologia e valor agregado, visual merchandising e planograma sem destaque, políticas de capacitação/treinamentos falhas e sem efetividade, ações conjuntas contra entrada de produtos importados sem unidade, ou seja, a indústria toma as rédeas do mercado ou em breve os quadros e peças chinesas, americanas, etc o fará.

Permitam-me a petulância. Se fosse eu, deixaria a equipe de P&D com os produtos e iria rapidamente desenvolver o mercado!


Abs a todos

Fonte: Máquina do Esporte, Abraciclo, Meio e Mensagem

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