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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Risco no processo de diversficação de receitas

Essa semana o Lyon da França anunciou a empresa de jogos, Everest Poker, como seu novo patrocinador, mas o acordo chamou a atenção devido as contrapartidas estabelecidas no contrato. Os valores não foram revelados e a empresa estampará sua marca apenas nos uniformes quando a equipe jogar como visitante. No início desse ano a Juventus (clube italiano) implementou uma estratégia semelhante ao anunciar o site de apostas Betclic como parceiro, porém apenas nas camisas titulares.

Sabe – se que o futebol mundial passa por um processo de profissionalização acelerado no qual os clubes têm buscado implementar estratégias gerenciais orientadas para o resultado. No Brasil esse processo ainda é gradual e ocorre em ritmo menos acelerado, mas as organizações esportivas já reconhecem a necessidade de desenvolver as áreas comerciais, marketing, operações, T.I, financeiro e novos negócios para aumentar as fontes de receitas e/ou gerar vantagens competitivas que viabilizem não só o aumento da lucratividade das instituições, mas também a fidelização do torcedor/consumidor e a penetração de mercado.

Por outro lado existem algumas implicações caso o clube peque por excesso na forma como busca sua diversificação de receitas. Exemplos como os dos clubes citados anteriormente podem resultar em perdas para seus patrocinadores, já que a inclusão de amplo leque de marcas associadas ao clube gerará dúvidas junto aos torcedores e prejudicará algumas variáveis, tais como : lembrança de marca.

Em contrapartida dependendo dos objetivos dos parceiros, o modelo do negócio acima discutido, poderá ser interessante e as propriedades bem exploradas. Sendo assim, pode-se aferir que não existe certo ou errado nas estratégias de marketing dos clubes, no entanto, o desenvolvimento e aplicação das condições contratuais devem ser “costuradas” e fundamentadas em uma política de ganha-ganha entre as partes de modo a garantir a entrega e os resultados estabelecidos.

Como sabemos do hábito “não planejar” na grande maioria dos clubes brasileiros, a utilização dessas estratégias deve ser conduzida com parcimônia, pois o estágio atual ainda requer que os mesmo se estruturem para depois prometer e cumprir contrapartidas que incluam mensuração/controle, ou seja, a melhor receita no momento é “Menos é mais!”

Seria muita loucura imaginar contratos de patrocínio que já incluam ativação? Abordarei a temátia no próximo post


Forte Abs

2 comentários:

  1. lucas, mto interessante e pertinente o seu post.
    a ativação de patrocínio ainda é algo que se discute em separado, e por isso, normalmente pós-negociação de cota - o que é um erro.
    isso, no caso de sponsorship de esportes no brasil, fatalmente significa mais dificuldade em convencer a marca a investir mais (por vezes mais até do que o próprio valor da cota) em ativação.
    isso ainda é um paradigma aqui.
    poucas são as marcas que já pensam (tb) na ativação qdo planejam a associação de suas marcas ao esporte.
    pior: tem mta empresa de mkt esportivo (em especial as + antigas) que não querem - pq nao sabem - saber de trabalhar ativação, o que é um erro grave e pode significar alguns "preguinhos a mais no caixão".
    abraço!
    leo delamanha

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  2. Léo,

    Grato pela participação. De fato você tem razão, muitas empresas insistem em renegar a importância da verba para ativação ser igual ou superior a direcionada para o patrocínio, mas, felizmente,tal cenário vem se alterando, gradativamente, porém acontece.

    Forte abs e Conto com Participaçòes Futuras

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